Amores Perdidos
- Soph
- 19 de mai. de 2015
- 2 min de leitura

Por mais das três da tarde de um sábado, vi uma situação interessante. Na cafeteria onde eu estava, uma menina e um menino na fila do caixa.
Ela estava alegremente escolhendo sua bebida enquanto falava de algum assunto ao menino. Já ele no entanto, mão estava tão alegre assim, o coitado mal abria a boca para argumentar e a acompanhante continuava a falar. Mesmo depois de 15 minutos ela ainda tagarelava e ele apenas escutava.
Após retirarem as suas babidas do balcão, sentaram em uma mesa próxima, mas não antes de o jovem puxar a cadeira para a menina, e logo se ajeitar em sua frente, se sentando também. Foi aí que o monólogo realmente teve seu início. A menina falou, falou e falou sem parar por mais de uma hora! Porém, agora o menino não estava mais com uma expressão triste ou amargurada como antes, apenas a observava com encanto, ele não se importava em ouvi-la falar, muito pelo contrário. Até que o celular dela toca e tudo muda, o menino não está mais encantado, está impaciente e nervoso, e a menina fica com o brilho nos olhos que antes existia no seu acompanhante. Ela se levanta e se afasta da mesa, conversando sorridente com a pessoa da outra linha.
O garoto que agora está sozinho, apoia seus braços na mesa e coloca suas mãos no rosto, murmurando repetidamente "Você teve de se apaixonar por ela?". Ele voltou a se encostar na cadeira e fecha os olhos com a cabeça caída para trás, se focando em alguma música do Ed Sheeran que tocava ao fundo.
Sua amiga retorna a mesa, diz alguma coisa para ele, pega seu café e vai embora. Ele respira uma, duas, três vezes, e se levanta, jogando o resto de sua bebida no lixo, e saí do lugar com toda a desiluzão de se apaixonar pela sua melhor amiga.
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